A seleção brasileira está em crise. E isso não é de hoje. Não é por falta de bons jogadores, então sobra para o técnico. E quem são os responsáveis de uns e outro, senão a diretoria técnica da CBF, que logo encontra o bode expiatório, o Técnico. Esse comportamento se repete nos clubes.

Os dirigentes técnicos necessitam mudar a perspectiva com que veem o esporte. Temos que considerar que uma equipe exige entrosamento, o que não se consegue de uma hora para outra. Todo trabalho exige longos prazos, além disso há uma preparação que está na formação do plantel.

E não basta analisar as habilidades físicas do atleta, há que se observar ainda as habilidades plásticas no domínio e controle da bola, capacidade de visão do campo e um aspecto fundamental a capacidade de entrosamento com os demais atletas.

Este último me parece um dado pouco ou nunca observado ou buscado. Para isso além das avaliações psicológicas de praxe, é necessário verificar aspectos mais íntimos e profundos como seja sua configuração astrológica, que deve ser harmônica com as de outros atletas do quadro. Realmente um estudo difícil. Porem necessário para melhor entrosamento.

Ao técnico propriamente dito, cabe acompanhar todo esse processo, e organizar a equipe conforme as idiossincrasias dos atletas e promover intensos treinamentos por longos períodos.

Mas não basta o profissionalismo dos envolvidos, técnicos e atletas, pois se faz necessário o envolvimento emocional, que só o sentimento de pertencimento pode permitir.